Luis Felipe Pondé
Uma coisa que sempre me chama a atenção é a vocação autoritária dos
verdes em geral, assim como seu caráter ideológico travestido de evidência
científica "inquestionável." Não é para menos uma vez que são movidos
pela crença de que estão salvando o mundo. Todo mundo que crer salvar o mundo é
autoritário.
Claro que devemos nos preocupar com o meio ambiente. Essa é uma ideia já
antiga. Machado de Assis no seu maravilhoso "Dom Casmurro", através
de seu narrador Bentinho, já falava de pessoas inteligentes que iam jantar em
sua casa na sua infância e falavam que os polos estavam derretendo...
Pessoas que se julgam salvadoras do mundo são basicamente de dois tipos: ou são
autoritárias ou são infantis. Na tribo verde existem os dois tipos, e como
crianças são naturalmente autoritárias, não há muita saída: as duas
características se encontram com frequência na mesma pessoa. Um dos desafios da
cultura verde é se livrar desse mau hábito. Até agora, me parece uma tarefa
impossível.
Falemos do infantilismo. É comum ideólogos verdes (que dizem falar em nome da
ciência, essa senhora, coitada, tão abusada em nossos dias e que todo mundo diz
frequentar seu circulo mais íntimo), falarem coisas absurdas e ninguém percebe
seu absurdo. Quer ver um exemplo?
Uma dos impasses da humanidade é o fato de que sua população cresce e todo
mundo quer ser feliz, comer bem e ter uma vida confortável. Todo mundo quer ser
"americano" ou "alemão", no sentido de viver altos padrões
de qualidade de vida. A questão sempre é: quem paga a conta? Em termos
ambientais, de onde virão tais recursos? us hábitos de alimentação, praticados
em cozinhas orgânicas, salvarão a humanidade.
Verdes demagógicos, intelectuais "profetas" e políticos marqueteiros
são personagens que adoram prometer o impossível. Eles dizem que dá pra fazer
da vida uma festa de bem-estar e deixar as plantinhas e os animaizinhos em paz.
Este é o absurdo.
O intelectual americano Thomas Sowell em seu maravilhoso "Intellectuals
and Society" (no Brasil, publicado pela É Realizações) desvenda a mágica
por detrás de absurdos como este de dizer que vai dar para todo mundo ser feliz
sem machucar nada nem ninguém: quem diz absurdos como este fica bem na fita, se
autopromove (já que a democracia é o regime da mentira de massa por excelência)
e ganha muito dinheiro no mercado "do bem".
Que Deus proteja o planeta da demagogia verde.
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