sábado, 31 de março de 2012

Paternalismo: a gente vê por aqui!

           Saiu no Estadão online uma notícia sobre o fechamento de um bar por conta da lei antifumo; ou melhor, por conta do descumprimento desta lei (http://www.estadao.com.br/noticias/geral,cervejaria-de-sp-descumpre-lei-antifumo-e-e-interditada,855574,0.htm). Por ser reincidente na infração, o bar ficará 30 dias fechado. Pergunto: para quê? Para aprender a lição que os burocratas de plantão, pelo bem de todos - sempre! -, querem passar? Para proteger a população dos males do cigarro? Não há outra coisa senão dizer que é mais um exemplo de paternalismo que vige em nossa sociedade. Ora, como se os fumantes não soubesse dos malefícios do cigarro. E os fumantes passivos, as eternas vítimas dos primeiros? Se sabem que os frequentadores daquele bar fumam, por qual motivo ainda vão lá? No mínimo, deve ser porque não se importam com a fumaça e com possíveis consequências que isso pode lhes causar. 
            Além disso tudo, e os funcionários do bar? Será que preferem continuar a trabalhar no lugar ou ficar sem receber o salário do mês? Se bobear, podem até perder o emprego, já que os 30 dias de suspensão trarão um enorme prejuízo às contas do estabelecimento. Parabéns, senhores burocratas, sob o pretexto de defender o bem comum, fazem mal aos indivíduos que escolheram fumar, inalar a fumaça alheia ou trabalhar no lugar, apesar da fumaça desagradável.               
       E argumentar que em capitais de países desenvolvidos também existe esta lei é insuficiente, já que não significa nada. Tanto lá como cá é uma forma de minimizar a esfera de escolha das pessoas. Só muda o lugar mesmo. 
            Não gosto de cigarro, não gosto de ficar perto da fumaça do cigarro, mas não posso impedir que alguém fume, se o sujeito assim quis.  

2 comentários:

  1. mas ele pode fumar longe de mim, né????
    rs

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  2. Claro, Caio. E de mim também..rs.. mas só abordei os males que essa lei causa na prática. Abraço.

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